Os tradicionais recursos e metodologias foram postos à prova e o avanço tecnológico foi imposto nesta narrativa do futuro onde todos enfrentaram desafios, dificuldades e efeitos.
Desde os equipamentos informáticos, conectividade e infraestruturas, à partilha do ambiente da sala de aula com o ambiente familiar, passando pela transgressão de quase todos os garantes de confiança e segurança costumeiros da rotina presencial. garantir a equidade, avalizar a prevenção de situações de isolamento, instabilidade ou violência doméstica, e balizar espaços de trabalho e de descanso ou lazer, foram situações que ficaram comprometidas e, com elas, promoveu-se a instabilidade, a insegurança, o desleixo e a apatia, a saturação e até a desorientação.
Ficou também evidente que o facto de os jovens terem mais tecnologia ao seu dispor não significa que a dominem e que a literacia digital não preenche as lacunas provocadas pela ausência de outro tipo de literacias como aquelas que nos permitem distinguir factos de opiniões.
A convivência com as novas tecnologias é predominantemente lúdica e está longe de contribuir para a inclusão digital. Afinal de contas não nos podemos iludir julgando que podemos preparar jovens para as novas profissões do futuro se não houver investimento em inovação, desenvolvimento e inclusão.