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Esta experiência estética holística da
exposição é exponenciada pelo contacto
da natureza, diluindo o digital no natural. O
visitante explora o jardim com o auxílio do
seu smartphone. Dependendo da escala do
desenho o visitante encontra-os, ora
visualizando-os, ora procurando-os,
seguindo o áudio que deriva da cena
desenhada.
A localização dos desenhos não é
d i s p o n i b i l i z a d a a o s v i s i t a n t e s ,
proporcionando deste modo uma
descoberta, uma procura serena que leva
em conta o tempo (de observar a Fig. 3: Imagem resultante da instalação
“MMA_desenha_vida”.
envolvente e representá-la) que tem de ser Imagem da autora
realizada através dos sentidos que, por um
lado, permite explorar o jardim e toda a sua
biodiversidade, por outro, permite envolver-
se com a arte e relacionar-se com as vidas
representadas (em RA).
D o s v á r i o s v i s i t a n t e s q u e j á
experienciaram “MMA_desenha_vida”,
d e s t a c a m - s e o s m o m e n t o s q u e
envolveram crianças. Num primeiro
momento estranhavam ao ver os adultos a
posarem e a interagirem com os desenhos
no ecrã do smartphone ou nas fotografias
que tiravam – algo que tinha tanto mais
impacto quando mais as crianças olhavam
para o jardim e não visualizavam os
desenhos que surgiam no ecrã.
Esta exposição e instalação ainda se
encontram em exibição, contudo é já
possível constatar que o potencial da RA é
enorme e está a alterar a forma como
vemos e vivenciamos, numa simbiose
entre tempos (passado e futuro) e planos Fig. 4: Imagem resultante da instalação
“MMA_desenha_vida”.
(físico e digital). Imagem da autora
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