Page 65 - newDATAmagazine | 02>06>2021

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MAGAZINE
REALIDADE AUMENTADA em museus
O desenvolvimento da tecnologia redefiniu,
criou e potencializou novos processos de
criação e expressão artística, bem como novas
formas de fruição e interação entre público,
criação artística e o artista. Arte e tecnologia
associadas permitem experienciar a arte de
forma interativa e imersiva, possibilitando o
incremento do envolvimento sensorial.
Uma das ferramentas mais acessíveis e
utilizadas nestes processos artísticos
referidos são os dispositivos móveis de
comunicação, smartphones. Estes são, por
sua vez, os equipamentos mais utilizados para
aceder à internet e o seu mercado continua em
crescimento, sistematicamente lançando
novidades, versões e atualizações.
Cada vez mais sofisticados, quando
equipados com serviços de Internet têm a
capacidade de nos conectar com o resto do
mundo e estabelecer pontes entre planos –
físico e digitais. Associado a este
desenvolvimento e em permanente
desafio/diálogo cresce toda uma panóplia
infinita de serviços e aplicações que permitem
uma resposta e experiência cada vez mais
centrada no utilizador. Este desenvolvimento,
acessibilidade e mobilidade associados aos
smartphones, tornaram-no um meio profícuo
de exploração e investigação da Realidade
Aumentada (RA), mais precisamente através
de Apps, aplicações móveis de softwares
concebidas para serem instaladas em
dispositivos eletrónicos.
A tecnologia de RA permite-nos conceber
informação (desde vídeos, a áudios e imagens)
num plano digital, através de computadores, e
sobrepor elementos virtuais ao plano físico,
ampliando-o, ou seja, aumentando a realidade.
Este fascínio da tecnologia e a sua
capacidade de interação e sobreposição do
virtual/digital com o real, tem sido explorado
também como estímulo por parte dos museus,
contribuindo para as experiências que pode
oferecer aos seus visitantes. Permitindo
anexar conteúdos virtuais a ambientes físicos
museológicos, permite-se o acesso a
informação complementar à exposição física,
por vezes associando elementos de
gamificação (game/jogo).
Estas possibilidades de RA
permitem explorar novas formas de
ex p e r i e n c i a r e a s s oc i a r a
componente cultural e educativa ao
entretenimento e ao lazer,
transformando a experiência do
visitante, desde o mais passivo ao
mais participativo.
O próprio conceito de museu também se
alterou, de forma mais notória desde o início
do séc. XXI. O museu como guardião do
passado, detentor de importantes espólios, é
ao mesmo tempo referência de vanguarda,
instigador e disseminador de conhecimento,
promotor de experiências que podem agora
ser partilhadas pelo mundo digital, mundo este
que proporciona também ambientes de
aprendizagem informais criativos, interativos
e imersivos, que permitem (re)descobrir e
(re)inventar história(s).
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