Ao longo da segunda metade do século XX destacaram-se diversos movimentos e correntes de vanguarda nas artes que se expressavam através da crítica e do ativismo social e político.
O movimento Internacional Situacionista defendia a participação ativa do cidadão nos mais variados domínios da sociedade, relacionando a arte com a vivência e com a experiência quotidiana.
Também neste registo nasceu, mais tarde, o Grupo Fluxos e iniciam-se performances artísticas com vista ao questionamento das relações entre os indivíduos e os espaços. Os artistas começam a exprimir-se de forma crítica e criativa, chamando a atenção do público para problemas coletivos.
Estas performances são exponenciadas e chegam cada vez mais longe motivadas pelas inúmeras possibilidades que a tecnologia veio oferecer, através do acesso a múltiplas plataformas, recursos e processos digitais.
Entrámos assim na Era do Artivismo Digital, assente num diálogo coletivo e numa cultura participativa, de resistência e instigadora de resiliência. Surgem ecossistemas híbridos, comunidades virtuais e cibercultura que permitem atingir um grande alcance espácio-temporal da arte no geral, e do artivismo em particular.
Mas este alcance é-nos dado de um modo não controlado, ficando por realizar uma reflexão mais aprofundada dos reais impactos do Artivismo Digital na Sociedade e no indivíduo.