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newDATAmagazine 08 - Editorial

Quebrar ciclos

Editorial newDATAmagazine N.º08

 

Quebrar ciclos!

Dezembro chegou e, mais uma vez, vem acompanhado por um conjunto invariavelmente grande de “obrigações” próprias desta quadra. Um ciclo que se repete anualmente e que marca as nossas vidas, praticamente desde que nascemos, neste país onde o Natal é tradição. É um ciclo.

A importância dos ciclos está intimamente ligada à história da humanidade. A contagem das estações, dos anos, meses e dias; dos anos de vida de cada um de nós; das vezes que fazemos algo que queremos recordar; os dias comemorativos que se repetem em determinada data. Com uma ou outra utilidade, é inquestionável que “Uma marca distintiva de quase todas as culturas conhecidas é algum sistema para acompanhar a passagem do tempo.”

Numa abordagem prática, a necessidade de compreender o fenómeno “tempo”, sentindo a sua passagem, terá dado lugar à criação de pequenas porções cuja compreensão se torna mais acessível. Dividir um “tempo infinito”, conceito algo complexo, em pequenas porções delimitadas por acontecimentos converte o fenómeno tempo em algo tangível e perfeitamente ao alcance de todos.

Por seu lado, também a atividade empresarial está ligada a ciclos. Estes são condicionados a montante pelos calendários fiscais dos estados (numa abordagem de gestão institucional da empresa), e a jusante pela sociedade em si e pelos clientes que a empresa serve. A padaria produz pão às horas que os clientes precisam de o comer, as empresas de formação oferecem ações nas horas e dias que os formandos as podem frequentar, as fábricas de têxteis produzem casacos de lã no inverno e calções de banho no verão. Tudo isto é imposto pelo ritmo, diria “natural”, que a sociedade e o planeta conferem às nossas vidas.

Deixemos agora o discurso do “marasmo” do óbvio que nos é imposto e o discurso costumeiro de quem deixa a vida passar por si e se resigna, e voltemos à postura que me é natural, ativa e crítica, própria de quem quer passar pela vida deixando marcas, diria que já é tempo de abandonar a subserviência empresarial aos ciclos.

As variáveis a que atualmente estão sujeitas a economia, a sociedade em geral e a atividade empresarial em particular indicam claramente a necessidade de repensar a importância que se atribui aos ciclos na gestão empresarial. Os investimentos não têm de se fazer no início do período económico; as contratações não têm de se fazer no início do ano; os salários não têm de se pagar no final do mês. E é tão importante analisar a questão deste ponto de vista desafiador, que, sempre que alguma empresa faz algo diferente do que todas as outras fazem e quebra ciclos, faz notícia! Existem vários artigos que apontam para importância de quebrar ciclos para gerar valor, como, por exemplo, ESTE, que reforça a importância de quebrar o ciclo vicioso da gestão reativa; sugiro que leia.

Uma economia verdadeiramente produtiva e geradora de valor rompe ciclos diariamente, colocando-os em causa. Em gestão, os ciclos já não fazem o sentido que faziam anteriormente e é essencial estar atento ao momento em que ao quebrar um ciclo se constrói mais valor do que mantendo o “tempo” habitual.

É essencial quebrar ciclos (e círculos!) e forçar momentos de reflexão. Se, por um lado, o ciclo representa estabilidade, também representa falta de atenção a formas alternativas para desempenhar as nossas funções a nível profissional.

Horácio Lopes | Editor

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Breaking cycles!

December is here, and once again, it is accompanied by an invariably large set of "obligations" typical of this season. A cycle that repeats itself every year marks our lives practically since we were born, in this country where Christmas is a tradition. It is a cycle.

The importance of cycles is closely linked to the history of mankind. The counting of the seasons, the years, months, and days; the years which each of us lives; the times we do something we want to remember; the commemorative days repeated on a specific date. With one use or another, there is no question that "A hallmark of almost every known culture is some system to track the passing of time."

In a practical approach, the need to understand the phenomenon "time" by feeling its passage may have given reason to creating small portions whose understanding becomes more accessible. Dividing an "infinite time," a somewhat complex concept, into small pieces delimited by events converts the time phenomenon into something tangible and ideally within everyone's reach.

In turn, business activity is also linked to cycles. These are conditioned upstream by the fiscal calendars of the states (in a corporate, institutional management approach) and downstream by society itself and by the customers that the company serves. The bakery produces bread at the hour customers need to eat it, training companies offer courses at the hours and days that trainees can attend them, textile factories produce wool coats in winter and swim trunks in summer. All this is imposed by the rhythm, I would say "natural," that society and the planet confer to our lives.

Leaving now the "doldrums" of the obvious, imposed on us with the usual speech of those who let life pass by and resign themselves, and returning to the posture that is natural to me, active and critical, proper of those who want to go through life leaving marks, I would say that it is time to abandon the corporate subservience to cycles.

The variables that the economy, society in general, and business activity, in particular, are currently subject to, clearly indicate the need to reduce the importance and conditioning that cycles represent in business management. Investments do not have to be made at the beginning of the economic period; hiring does not have to be done at the beginning of the year; salaries do not have to be paid at the end of the month. And it is so important to analyze the issue from this challenging point of view that whenever a company does something different from what all the others do and breaks cycles, it makes the news! In fact, several articles point to the importance of breaking cycles to generate value, such as THIS one, which reinforces the importance of breaking the vicious cycle of reactive management; I suggest you read it.

A truly productive and value-generating economy breaks cycles on a daily basis, calling them into question. In management, cycles no longer make the sense they used to, and it is essential to be aware of the moment when breaking a cycle builds more value than keeping the usual "tempo."

It is essential to break cycles (and circles!) and force moments of reflection. If, on the one hand, the cycle represents stability, it also represents a lack of attention to alternative ways to perform our duties at a professional level..

Horácio Lopes | Editor

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