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newDATAmagazine 07 - Editorial

Em permanente atualização ou permanentemente desatualizados?

Editorial newDATAmagazine N.º07

 

Em permanente atualização ou permanentemente desatualizados?

Multiplicam-se as opiniões de renomados autores, gestores, influencers e líderes de grandes organizações internacionais convergindo no sentido de uma mudança radical na velocidade em que as empresas operam, ou devem operar. Citações como “Big will not beat small anymore. It will be the fast beating the slow” de Rupert Murdoch, ou "In the new world, big fish do not eat small fish, but fast fish eat small fish" de Klaus Schwab, ecoam por toda a esfera empresarial provocando reações diferentes, consoante o “ouvinte” seja o grande ou pequeno, o lento ou o rápido…

Parece consensual aceitar que, à velocidade que as tecnologias evoluem, qualquer processo de transformação (digital ou não) deve acompanhar, e em alguns casos antecipar, a inovação sob risco de resultar em falhanço por inadequação. É também sabido que a adoção de ferramentas de gestão e decisão, a todos os níveis, desde a gestão de produção industrial até à análise preditiva de gostos, preferências ou comportamento humano genérico, por exemplo, permite uma tomada de decisão de maior qualidade. No entanto, considere-se que o fator qualidade deve, cada vez mais, incluir, para além da dimensão, fiabilidade da decisão, o seu time-to-market!

Por exemplo, a consultora PwC “…oferece uma gama de recursos analíticos e digitais de Inteligência Artificial para apoiar as suas viagens de transformação”, sob o título “Make faster, better decisions”, com o benefício Faster a encabeçar o título, dando-lhe o destaque inerente por estar em primeiro lugar.

Encontram-se valorizações muito positivas do fator velocidade um pouco por todo o lado, como por exemplo no programa Deloitte Technology Fast 50 Central Europe 2021. “Este programa reconhece e traça o perfil de empresas tecnológicas em rápido crescimento na região. O programa, que está agora no seu 22.º ano, classifica as 50 empresas tecnológicas públicas ou privadas de mais rápido crescimento”.

Ainda em Julho de 2015, a conhecida revista Inc. destacava, num artigo de Adam Fridman, as 4 razões que fundamentam que a velocidade é tudo nos negócios, muito por causa do ritmo a que a sociedade progride e da correspondente necessidade de as empresas se manterem atuais. As 4 razões são: “Se não formos rápidos, os nossos concorrentes serão”, “As audiências têm essa expetativa”, “Quanto mais rápido se aprende, mais rápido se evolui” e, “Criação de uma Cultura de Velocidade”, que colocam um acentuado stress no processo de gestão corporativa e no desígnio destas satisfazerem as necessidades de um consumidor cada vez mais exigente.

Perante este panorama, quiçá alarmante, permito-me uma abordagem mais holística, opinando que a ambição por mais velocidade não é nova. Recorde-se que o principal motivo que levou os romanos a construir uma rede de estradas por toda a Europa se prendia com a velocidade de deslocação que permitia o controlo do Império.

A pergunta que fica no ar é se a necessidade de velocidade é hoje maior; fará sentido medi-la em comparação com os recursos de que dispomos ou com escalas estáticas. A bem da verdade, a internet acelerou praticamente tudo à escala planetária de tal modo que, hoje em dia, esperar mais de 3 segundos para que um browser carregue uma página web é um martírio, enquanto que em 1992 era um milagre!

Aqui, como em muitas outras situações, aplicar a relatividade faz toda a diferença.

Horácio Lopes | Editor

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Permanently updating or permanently outdated?

The opinions of renowned authors, managers, influencers, and leaders of large international organizations converge towards a radical change in the speed at which companies operate or should operate. Quotes like: "Big will not beat small anymore. It will be the fast beating the slow" by Rupert Murdoch, or "In the new world, big fish do not eat small fish, but fast fish eat small fish" by Klaus Schwab echo throughout the business sphere, provoking different reactions, depending on whether the "listener" is big or small, slow or fast...

It seems consensual to accept that, at the speed that technologies evolve, any transformation process (digital or otherwise) must accompany, and in some cases anticipate, innovation or risk failure due to inadequacy. It is also known that the adoption of management and decision tools, at all levels, from industrial production management to predictive analysis of tastes, preferences, or generic human behavior, for example, allows for higher-quality decision making. However, consider that the quality factor should increasingly include, in addition to the size, reliability of the decision, its time-to-market!

For example, the consulting firm PwC "...offers a range of Artificial Intelligence analytical and digital resources to support your transformation journeys" under the heading "Make faster, better decisions," with the Faster benefit topping the title, giving it the inherent prominence for being in the first place.

Very positive valuations of the speed factor can be found all over the place, such as in the Deloitte Technology Fast 50 Central Europe 2021 program. "This program recognizes and profiles fast-growing technology companies in the region. The program, now in its 22nd year, ranks the 50 fastest growing public or private technology companies."

As recently as July 2015, the well-known Inc. magazine highlighted the four reasons why speed is everything in business, in an article by Adam Fridman, much because of the pace at which society is progressing and the corresponding need for companies to stay current. The four reasons are: "If we are not fast, our competitors will be," "Audiences expect it," "The faster you learn, the faster you evolve" and, "Creating a Culture of Speed." These place a great deal of stress on the corporate management process and on their desire to meet the needs of an increasingly demanding consumer.

Facing this panorama, perhaps alarming, I allow myself a more holistic approach, opining that the ambition for more speed is not new. Let's remember that the main reason that led the Romans to build a network of roads throughout Europe was related to the speed of travel that allowed them to control the Empire.

The question that remains is whether the need for speed is greater today; does it make sense to measure it against the resources we have or against static scales. In fact, the Internet has accelerated practically everything on a planetary scale to such an extent that, today, waiting more than 3 seconds for a browser to load a web page is a martyrdom, whereas in 1992 it was a miracle!

Here, as in many other situations, applying relativity makes all the difference.

Horácio Lopes | Editor

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