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Pensamento Catedral

Editorial newDATAmagazine® N.º15

 

Pensamento Catedral

Tanto a importância do tempo nas nossas vidas como a perceção que cada um tem dele, são dois dos conceitos mais debatidos da atualidade e, em simultâneo, os menos explicados, mas é um facto que o valor atribuído ao tempo é cada vez mais significativo. Neste contexto, falar de Pensamento Catedral é trazer o debate para águas agitadas…

Apesar de me fascinar o conceito de pensamento catedral – planear empreendimentos que ultrapassem o nosso tempo de vida – questiono o realismo que essa abordagem possa ter nos dias de hoje. Será que com a velocidade de transformação, nos dias de hoje, fica comprometida a capacidade de visão e, consequentemente, de adoção de projetos multigeracionais?

O conceito de Pensamento Catedral remonta aos tempos medievais, quando reis, imperadores e líderes religiosos encomendaram a arquitetos, pedreiros e artesãos a construção de obras de tal grandeza que era, na altura, impossível terminá-las no tempo de vida de uma geração.

Em tempos mais recentes, testemunhamos a aplicação do conceito à exploração do espaço e ao planeamento urbano, mas, mesmo assim, enquanto há séculos o progresso era lento e controlado, e era razoável dizer que 5 anos depois ainda se utilizava a mesma tecnologia, hoje não é assim; cinco meses depois de ser lançada, pode ocorrer uma mudança tecnológica abismal que obrigue a reconfiguração ou mesmo abandono de qualquer iniciativa empresarial.

Assim, pensar a longo prazo implica que a as potenciais mudanças entre a ideia e o resultado podem ser enormes, com o risco de se alcançar um resultado totalmente distinto do inicialmente previsto. Talvez por isto, escuto hoje em dia em vários contextos empresariais que “planear a longo prazo já não é possível”.

Em gestão, por exemplo, o tempo faz toda a diferença. Terminar uma tarefa em 2 horas não é o mesmo que terminar em 2 meses. Existem múltiplas implicações – positivas e negativas – em ambas as opções, onde é evidente o custo do tempo. Paralelamente, há 3 décadas desenvolvia-se planeamento estratégico considerando horizontes de 5 a 10 anos, mas hoje, esta prática encontra grande aceitação em planos a 1 ano. O que suporta esta mudança?

Hoje, tanto o Pensamento Catedral como o Planeamento Estratégico encontram viabilidade se desconsiderarmos uma quantidade significativa de detalhes, incorporarmos no projeto regras de flexibilidade e abraçarmos a mudança como forma de estar. Temos ainda que acompanhar o projeto on a daily basis – não para garantir que o mesmo se mantém inalterado, mas para garantir que os resultados finais, mesmo que sejam diferentes dos inicialmente desejados, resultam pelo menos de opções próprias e não são fruto do acaso.

Se ficou curioso sobre este tema, dê uma olhadela AQUI > cathedralthinking.com

Horácio Lopes | Editor

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Cathedral Thinking

Both the importance of time in our lives and the perception that each one has of it are two of the most debated concepts today and, at the same time, the least explained, but it is a fact that the value assigned to time is increasingly more significant. In this context, speaking of Cathedral thought brings the debate into troubled waters...

While I am fascinated by the concept of Cathedral Thinking - planning ventures beyond our lifetime - I question how realistic this approach can be today. Could it be that with today's speed of transformation, the ability to envision and adopt multigenerational projects gets compromised?

The concept of Cathedral Thinking dates back to medieval times when kings, emperors, and religious leaders commissioned architects, masons, and artisans to build works of such magnitude that it was impossible to finish them in the lifetime of one generation.

In more recent times, we witness the application of the concept to space exploration and urban planning, but even so, while centuries ago, progress was slow and controlled, and it was reasonable to say that five years later, the same technology was still being used, today this is not so. Five months after launching, an abysmal technological change can occur that forces any business initiative's reconfiguration or even abandonment.

Thus, long-term thinking implies that the potential changes between the idea and the result can be enormous, with the risk of achieving a different result from the one initially foreseen. Perhaps this is why I hear today in various business contexts that "long-term planning is no longer possible".

In management, for instance, time makes all the difference. Finishing a task in 2 hours is not the same as finishing it in 2 months. There are multiple positive and negative implications in both options, where the cost of time is evident. At the same time, strategic planning was developed three decades ago considering 5 to 10 years horizons, but today, this practice finds great acceptance in 1-year plans. What supports this change?

Today, both Cathedral Thinking and Strategic Planning finds viability if we disregard a significant amount of details, incorporate flexible rules into the project, and embrace change as a way of being. We also have to follow the project daily - not to ensure that it remains unchanged, but to ensure that the final results, even if different from those initially desired, are at least the result of our own choices and are not the result of chance.

If you are curious about this topic, take a look HERE > cathedralthinking.com

Horácio Lopes | Editor

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