nDm 17 | 29.set.2022
A 17.ª edição da newDATAmagazine® foi publicada no dia 29 de setembro de 2022.
MENSAGEM DA DIRETORA
É preciso pedalada!
Foi com muito entusiasmo que aceitei o convite da newDATAmagazine para dirigir a sua 17.ª edição e desafiar profissionais que admiro a falarem sobre Inovação e “Inovação a partir de dentro”, no âmbito da Q-Day Conference, organizada pela Quidgest com cobertura desta revista. Muito obrigada!
Fui também eu desafiada a escrever esta nota num tom mais pessoal. “Agora é que estragaram tudo!”, pensei. Mas se acredito que a Inovação é mais eficaz, integrada e até mesmo “sincera” quando parte “de dentro” (das organizações), então por que não sentar-me e escrever esta nota nessa perspetiva? Vamos lá.
Na semana passada, a Quidgest participou na iniciativa (que aproveito para felicitar) “Um dia a pedalar, porque não?” da Lisboa e-nova e, a quem já está há “dois anos a pedalar, porque sim!”, estes momentos diários casa-trabalho-casa têm trazido algumas lições aprendidas. Numa frase que lhe foi atribuída, Albert Einstein dizia: “A vida é como andar de bicicleta. Para manter o equilíbrio, é preciso manter o movimento.” – eu diria: movimento… e pedalada!
Lisboa das sete colinas ensina-nos que esta tal “vida” é mesmo assim: fornece-nos ciclovias fantásticas numas zonas (tudo flui, alinhamo-nos com naturalidade, as ideias surgem e são executáveis e executadas), atribuladas noutras (faltam recursos, escasseiam as oportunidades, …), com subidas duras e descidas que parecem facilitar… até querermos subir outra vez! Mas como sabemos que estamos em cima, se não tivermos estado em baixo?
Também já temos semáforos nas ciclovias. E quantas vezes estes nos aparecem na vida? Abranda. Pára. Arranca. Ops, abranda outra vez (já lançámos o teste, mas não está a ter o retorno que esperávamos). Pára para pensar (vamos rever tudo, tentar “sair da caixa”, analisar noutras perspetivas). E bem necessários que são estes momentos. Agora sim, vamos!
E os outros? Encontramos outros ciclistas na mesma ciclovia, partilhamos trajetos (ainda que parcialmente) e podemos ter destinos diferentes, mas a intenção é a mesma: chegar. Existirá aqui espaço para a entreajuda? Passamos por automobilistas, motards e peões que tentam fazer o seu caminho de outra forma, mas com a mesma intenção: chegar. Existirá espaço para a cooperação? Seria tão mais fácil e divertido. O mesmo com a inovação: entreajuda dentro das equipas, cooperação com a concorrência, evolução para todos!
“Faça chuva, faça sol”, o caminho tem de ser feito. É o contexto. Podemos ter de alterar os pneus, eventualmente mudar de transporte,… mas há que chegar lá!
Nesta equação, penso que só falta mencionar uma variável: nós próprios. E é com esta mensagem que termino: cuide, em primeiro lugar, do “ciclista” que há em si, e terá “pedalada” para tudo!
Joana Miguel Santos