Page 8 - newDATAmagazine | 11>03>2022

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Perspetivas: No-Code e Low-Code
Na Comdex, em 2014, Bill Gates, provocou a
audiência dizendo: “If GM had kept up with
technology like the computer industry has, we
would all be driving $25 cars that got 1,000 MPG.”
Claro que sabemos que, não só na altura, os
Sistemas Operativos e as aplicações tinham
tantos bugs que algo poderia também ser dito
sobre o reverso da medalha. Do mesmo modo,
os carros evoluíram de tal forma que, em
muitos aspetos, são hoje computadores com
rodas.
A programação evoluiu tanto que podemos
deixar a um programa uma grande parte da
função de condução, senão mesmo toda, e
com tantas vantagens em relação ao condutor
humano que não será difícil imaginar um
futuro em que a “condução autónoma” passe a
ser o termo para as raras vezes em que é um
ser humano que está a conduzir e não um
programa.
De que forma está isto relacionado com o
No-Code e o Low-Code?
Os carros começam a atingir um nível tal
que qualquer dia é possível personalizar o
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carro e, mesmo assim, ter um produto fiável e
completamente autónomo, usando-o apenas
para o fim para o qual foi feito: levar-nos do
ponto A para o ponto B, desde que haja uma via
de circulação entre ambos, sem verificar o
nível do óleo, a pressão dos pneus, as luzes…
até mesmo sem carta de condução.
As aplicações de produtividade, os ERP, os
CRM, os Portais, os ECM, entre muitos outros,
não são, ainda, assim. Embora pagando uma
licença – normalmente considerável –, se
quisermos ter algo que nos garanta
continuidade no futuro, se quisermos ter
inúmeras funcionalidades, levantam-se
alguns obstáculos, já que muitas ainda
requerem um esforço considerável de
p a r a m e t r i z a ç ã o e c u s t o m i z a ç ã o ,
frequentemente superior ao que seria
conseguido manualmente.
E há, em geral, uma desconfiança em
relação a esta parametrização, porque, diz-nos
a experiência, que, algures no tempo, iremos
querer fazer algo que a aplicação não previu.
Ou, pior ainda, que a empresa que a criou já não
dará apoio.
Entretanto, podemos sempre criar as
nossas próprias aplicações, com base em
tecnologias que muito têm evoluído,
mantendo uma longevidade considerável no
dito apoio, como o .Net da Microsoft, Angular,
JavaScript, entre muitas outras. Mas, muitas
vezes, como sabemos, estes sistemas
também têm tendência para se tornar
obsoletos, quer por dificuldades de
documentação, quer por rotação de recursos,
quer ainda por falta de oportunidade de
investimento na sua atualização.